Aprendendo

A COURAÇA DE SÃO PATRÍCIO
Cristo comigo, Cristo em minha frente, Cristo atrás de mim, Cristo em mim, Cristo baixo de mim, Cristo sobre mim, Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda, Cristo quando me deito, Cristo quando me sento, Cristo quando me levanto, Cristo no coração de cada um que pensa em mim, Cristo na boca de cada um que fala de mim, Cristo em todo olho que me vê, Cristo em todo ouvido que me ouve. Amém!”
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A Leitura Orante da Bíblia consiste na leitura calma e meditada da Escritura. Pode-se ler alguma passagem bíblica, de preferência a que é indicada pela Liturgia do dia. Primeiramente, é importante captar o que o texto quer dizer em si mesmo, e escolher uma frase ou versículo que chamou a atenção. Em seguida, pode-se fazer a pergunta: o que este texto diz para mim hoje? Desta meditação nasce uma oração: dirigimo-nos a Deus a partir de Sua própria Palavra, entrando em diálogo com Ele. Os frutos da Leitura Orante estão na prática da Palavra de Deus em nosso dia a dia. (Ir. Roberta Peluso)
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Para completar a obra da redenção da humanidade, Deus envia o Espírito Santo. A missão da terceira pessoa da Santíssima Trindade é vivificar, é criar a nova criatura em Cristo. O Espírito Santo faz compreender as coisas de Deus, entender o sentido das Escrituras, interpretar os acontecimentos; o Espírito Santo encoraja para o testemunho e para a pregação destemida do Evangelho; o Espírito Santo impulsiona a Igreja para a missão; o Espírito Santo distribui uma série de dons e qualidades, capacitando as pessoas para as diversas funções na comunidade e no serviço missionário. O Espírito Santo é nossa respiração no amor e, sem respiração, não vivemos!
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A ascensão é a plenitude da Páscoa de Cristo. O Pai O ressuscitou e, a partir daquele momento, Jesus entrou definitivamente na esfera de Deus. A ascensão de Jesus não é uma viagem para além das nuvens, mas a comunhão definitiva e plena com Deus, portanto, é o coroamento da caminhada libertadora do Filho de Deus, a plenitude de Sua Páscoa.
Celebrar a ascensão de Jesus é senti-lO eternamente presente na vida das pessoas e da comunidade cristã. A conclusão da caminhada terrena de Jesus corresponde ao início da missão dos apóstolos. (Ir. Sônia de Fátima Lunardelli)

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Jesus, ao deixar o mandamento do amor, coloca-se como referência e ensina que a vivência do amor em comunidade é a forma privilegiada de continuar Sua presença entre nós e fundamento da fé na ressurreição.
O novo céu e a nova terra, portanto, não se colocam como fantasia ou fruto de alucinação. Embora refiram-se à eternidade, aos moldes do anúncio do profeta Isaías, indicam uma estreita ligação entre a vivência do amor e a salvação. O amor é a expressão viva da fé em Cristo e antecipa no presente, pela prática das pessoas que o vivem, a realidade a ser plenamente desfrutada no encontro definitivo com Deus. Pelo amor vivemos já a eternidade no temporal e isto é anúncio da ressurreição. A prática do amor, antecipa a eternidade.( Pe. Marcelo C. Araújo)
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Uma vez na vida valeria a pena ler todas as Cartas de São Paulo. Ele é uma figura interessante: judeu com cidadania romana; um doutor com jeito de povo, apaixonado pela proposta de Jesus. Missionário itinerante, viajava por todo o império levando a boa nova que é o próprio Jesus. Formava comunidades e seguia caminho; quando possível voltava ou escrevia cartas, buscando animar, corrigir e unir.
Muitos de nós somos cristãos por herança de família, sem opção pessoal. A gente vai levando... sem paixão, sem vocação nem missão. Paulo propõe “um mundo novo”. Só pode haver “novo” se for deixado o velho. Quem encontra Jesus de forma envolvente, com Sua proposta de evangelizar, partilhar, formar comunidade, viver a fé de maneira solidária, entra no mundo novo.
Cristo se torna um irradiador de reconciliação; faz-nos ministros embaixadores da unidade entre Deus e nós, nós com as criaturas, formando um todo único, reconciliado, novo mundo, novo paraíso.
- Benjamim Berticelli -
 
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Transfigurar significa mudar de figura, transformar, mudar de atitudes. Neste sentido é possível transfigurar-se a partir da Palavra de Deus, deixar um modo de vida e mudar para outro bem melhor, fazendo uma aliança com Deus.
Jesus, em Sua transfiguração, antecipa a glória da ressurreição, que vence a morte de cruz. Como escolhido de Deus, revela-nos a vontade do Pai que quer construir, com Seus filhos, um mundo com mais amor, fé, justiça e solidariedade; em outras palavras: um mundo transfigurado!
- Pe. Francisco Albertin -  
 
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Todos os anos iniciamos a Quaresma com a imposição das cinzas e a frase-lema que irá nortear todos os quarenta dias que antecedem a grande festa da Páscoa: “Convertei-vos e credes no Evangelho”.
De fato, necessitamos sempre de um reajuste total de nossas atitudes interiores com respeito a Deus e ao próximo, uma revisão a fundo dos critérios que guiam nossa conduta, assim como das práticas religiosas, poucas ou muitas, que realizamos.
As cinzas, colocadas sobre nossas cabeças, tornam-se para nós sinal de vitória, afinal, Deus é capaz de tirar vida da morte e ressurreição das cinzas, como faz brotar a espiga do grão que morre na terra.
- Frei Alvaci Mendes da Luz -
 
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Em toda vocação cristã está subentendida uma missão. Jesus não quer uma comunidade como se fosse um grupo fechado, em que as pessoas só se preocupam com sua satisfação pessoal. É triste constatar que muitos cristãos não descobriram ainda a dimensão missionária de toda vocação para a fé em Cristo, pois a fé não é escuta, mas também envio. A vocação cristã exige compromisso!
- Pe. Ferdinando Mancílio -
 
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Precisamos, hoje, redescobrir a Ética Cristã para saber quais são os valores que ela nos aponta. É dela que brota a moral que vai orientar as nossas vidas. Ela nos leva a beber do poço de nossa identidade cristã; capta os ideais e valores que vão nos auxiliar como pessoas, familias, comunidades e sociedade e ajuda-nos a caminhar sem tropeço.
Ao dizermos Ética Cristã ou Teologia Moral, estamos abordando uma parte importante da Teologia. É aquela parte que, à luz da fé em Deus e da fé vivida e celebrada nas nossas comunidades, busca apontar o caminho prático de amor e felicidade para o ser humano, anunciado por Jesus Cristo.
- Frei Nilo Agostini -
 
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Jesus, em Sua passagem por este mundo, não se preocupou em ensinar como fazer milagres, mas como colocar o coração diante das situações de sofrimento. Melhor remédio para a própria limitação é procurar compreender a limitação alheia. Procuremos dialogar e ouvir para compreender. Assim começa a solidariedade humana.
Quase todos os que foram curados por Jesus tornaram-se discípulos que testemunharam as maravilhas operadas por Deus através dEle. Ele fez bem todas as coisas: curou os doentes, fez os surdos ouvirem e os mudos falarem.
- Pe. Antônio Francisco Bohn -

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 A evangelização se faz pela presença, pelo testemunho de vida, pelo serviço aos irmãos, pelo diálogo com todos. Num dado momento entra em cena a Palavra. A Palavra é um momento importante da evangelização. No começo, a mensagem passa de boca em boca; depois, alguns anotam o que ouviram aqui e acolá; mais tarde, alguém começa a recolher e a colocar em ordem pequenos textos que circulam de mão em mão. Assim foram se formando os Evangelhos. Os autores dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) são como que garimpeiros que vão procurando, filtrando, juntando e organizando o que o povo sabe e diz a respeito de Jesus. Fizeram um trabalho importantíssimo. Graças a eles, não acreditamos em fábulas, mas em fatos; não seguimos um fantasma, mas um personagem real. Nos Evangelhos, encontramos a Pessoa que está no seu ponto de partida, na sua fonte e na sua origem: Jesus de Nazaré!

- Pe. Antonio José de Almeida -

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O apóstolo dos gentios

A conversão de Paulo não só mudou radicalmente a sua vida, mas também marcou o início de uma profunda transformação religiosa. O cristianismo era um movimento de poucos discípulos e ganha dimensões universais.
Paulo nasceu na primeira década do século I, em uma família judia. Foi educado segundo a tradição dos pais, superando muitos de seus concidadãos no estudo e na prática do Judaísmo. De profissão, era fabricante de tendas. Enquanto se acha a caminho de Damasco com autorização para prender cristãos, encontrou-se com Cristo ressuscitado e de judeu observante, se torna cristão; de fariseu, se torna místico; de perseguidor dos cristãos, se torna o maior evangelizador de todos os tempos; de rabino, se torna um mestre original da novidade do Reino. Mudou radicalmente e foi enviado como missionário entre os pagãos. Paulo procura aringir grandes cidades e nelas cria pequenas comunidades. Realizou três grandes viagens missonárias, é preso em Jerusalém e, apois dois anos na prisão em Cesareia, é levado para Roma.
São atribuídas a ele 13 cartas: duas aos Tessalonicenses, uma a Filemon, quatro aos Coríntios, uma aos Gálatas, uma aos Romanos, uma aos Filipenses, uma aos Colossenses, uma aos Efésios, duas a Timóteo, uma a Tito e uma aos Hebreus. Essas cartas apresentam o rico panorama de sua vida, atividades, sucessos e projetos. A tradição aponta que ele morreu em Roma, durante a perseguição de Nero.
 

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A festa em Caná e a força da fé


A mudança que o Reino realiza em nós coloca nossa vida a serviço, como Jesus o fez. Serviço de entrega de vida, mas e sobretudo de ser alegria de amor, como lemos no Evangelho. O vinho novo, que é Jesus, trouxe uma mudança. É como a água que foi colocada em potes vazios e que Jesus transformou em vinho bom, pois a festa de Deus não pode acabar. Toda transformação se faz a partir da fé.
Este foi o início dos sinais, Jesus o fez em Caná. Manifestou Sua glória e Seus discípulos creram nEle”(Jo 2,11).
A fé provoca uma mudança radical a partir da qual passamos a viver a vida nova do Reino que modifica nosso modo de pensar e de agir.
- Pe. Luiz Carlos de Oliveira -

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Tempo Comum

O Tempo Comum começa no dia seguinte à festa do Batismo do Senhor e vai até a terça feira de carnaval, inclusive, interrompido pelo Ciclo Pascal. Recomeça na segunda feira depois de Pentecostes e termina no sábado véspera do Primeiro Domingo do Advento.
Os primeiros domingos do Tempo Comum são marcados por um clima de manifestação do Senhor, da sua missão no mundo e do chamado dos discípulos.

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Epifania do Senhor

Desde 150 anos após o nascimento de Jesus aparecem a s imagens dos magos. A tradição diz que um era africano, outro asiático e outro europeu. Seus nomes: Gaspar, Melquior e Baltazar. Acredita-se que a estrela era símbolo de alguém que viria com grande missão. Os israelitas, ansiosos, esperavam o despontar dessa estrela: seria o Messias chegando. Esta estrela chegou: é Jesus, libertador dos seres humanos. Os magos O adoraram, significando que Ele é divino. Apontaram para Sua realeza.


Como os magos, também nós estamos numa viagem, a da vida, a caminho sempre à nossa Belém. Somos chamados a presentear nosso Rei, o Menino Deus, não com ouro, incenso e mirra, mas com nossas boas obras de amor, de caridade aos nossos irmãos.
- Frei Walter Hugo de Almeida -

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Maria, a Mãe de Deus


O título de Mãe de Deus, juntamente com o de Santa Virgem, é o mais antigo e também fundamento de todos os outros títulos com que Nossa Senhora foi venerada e continua a ser invocada de geração em geração.
Contemplamos Maria, mãe sempre virgem do Filho unigênito do Pai; aprendemos dela a receber o Menino que nasceu para nós em Belém. Se no Menino que ela deu à luz reconhecemos o Filho eterno de Deus e O acolhemos como nosso único Salvador, podemos ser chamados e somo-lo realmente filhos de Deus.
- Papa Bento XVI -

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Ano da Fé

Qual é o sentido do Ano da Fé? A fé ainda tem espaço em nossa cultura secularizada? Em um mundo cheio de misérias, fome, guerras, onde Deus parece não ter lugar e nem vez, não seria uma alienação proclamar um Ano da Fé? Para que serve a fé?

Esses e outros interrogantes são propostos aos cristãos. Respondê-los se faz necessário para todos os que desejam viver sua fé com consciência, e não apenas como uma herança de seus pais e avós esquecida e guardada em um canto perdido da própria vida, e que não possui nenhuma incidência concreta no modo de viver, pensar, ser e relacionar-se.
A fé não é alienação, ao contrário, é trazer ao mundo um pouco do divino, é lapidar a beleza da criação muitas vezes escondida pela nuvem do pecado. A verdadeira alienação é não acolher, cultivar e promover o dom da fé.
A fé é a resposta que o coração humano naturalmente anseia encontrar. No entanto, o dom da fé não exclui a necessidade de utilizar o dom da razão para compreender melhor os mistérios revelados por Deus, de fazê-los compreensíveis e acessíveis ao homem em cada momento histórico. Existe a inteligência da Fé que deve ser, unida à luz da graça, desenvolvida a fim de que cada cristão possa aderir com maior liberdade às verdades reveladas. Esforcemo-nos por conhecer profundamente a fé que professamos.
Nossa fé não é fruto de uma decisão, mas de um encontro, e só a partir desse encontro nossa evangelização será uma luz que atrai por sua beleza divina. Onde se realiza esse encontro? Na comunidade de fé e na Igreja, como custódia dos sacramentos de Cristo, que encontraremos, renovaremos e promoveremos nossa fé. Só podemos nos dizer plenamente cristãos se encontrarmos nossos irmãos na oração, na eucaristia e na reconciliação. É na vivência comunitária de nossa Fé que encontramos o amor de Cristo.

Peçamos a Nosso Senhor Jesus Cristo a graça de viver nossa fé com toda nossa alma, com todo nosso coração e com todo nosso entendimento. Só assim seremos o que temos de ser e transformaremos o mundo. Só em Cristo, por Cristo e com Cristo conseguiremos transmitir os tesouros de nossa fé e incidir positiva e efetivamente na sociedade. Não tenhamos medo de falar daquilo que preenche nosso coração; não tenhamos medo de falar d'Aquele que dá um sentido último às nossas vidas. Subamos nos telhados e nos preparemos para anunciar com amor que o Amor existe, se fez carne e habita em nós e está entre nós.
- Orani João Tempesta, O. Cist. - Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ -